terça-feira, 17 de abril de 2012

Quando a Justiça quer... DANOS MORAIS !!!??? ( O leigo e a “justiça”).


Meus advogados deram entrada na Justiça com uma ação de indenização por danos morais contra meu ex- esposo, pelo fato dele obrigar-me a conviver com ele enquanto a Justiça decidia quem sairia do lar. Enquanto isso ele desfilava por toda a cidade com sua amante e filha. No início da causa eu não entendia muito bem o porquê de tal ação. Os argumentos da minha defesa foram muito bem elaborados pelos meus procuradores, testemunhas não faltaram. Não havia dúvidas da conduta desonrosa do meu ex- companheiro, ofensa a minha dignidade, intimidade e imagem perante toda a sociedade, família e amigos. Não havia desculpa do perdão tácito porque esse fato foi em outro momento da nossa convivência não era esse o problema. Muito menos a respeito dos fatos. (100% da situação financeira e o cargo também favorecia a ele). Além disso, ainda éramos casados e a separação de corpos não havia acontecido. E até o juiz decidir quem sairia do lar a demora foi de muito tempo.Somando com os capítulos intermináveis da novela judicial que seguiram com os costumeiros empecilhos do vai e vem sem fim dos papéis, e argumentos sem nexo diante de um fato público e notório (situação tão óbvia para toda sociedade) principalmente para o julgador do mérito. No final de tanto “faz de conta” que estou analisando com imparcialidade eu perdi a causa. Surpresa? Nenhuma. No fundo me senti aliviada porque se houvesse dado a “zebra da vitória,” poderia haver um escândalo. Afinal, minha causa seria inédita no país. Poderia interessar a imprensa principalmente por causa do cargo do meu ex-marido ( que deveria ser exemplo). Muita especulação e perigosas descobertas poderiam vir à tona. Alguns fatos não deveriam se tornar públicos, eu não teria estrutura para suportar o escândalo e dei graças a Deus por ter escapado de mais uma. As consequências da vitória seriam muito piores para mim. Também não posso me esquecer que não tenho o poder que ele tem . De qualquer forma foi mais uma experiência apenas para confirmar que “Quando a Justiça quer os cestos sobem rios, os peixes cantam nas árvores, e os pássaros fazem ninho no fundo do mar.” H. Campos. (Ana Nadabe).

Um comentário:

  1. Lei igual para todos22 de abril de 2012 às 11:20

    Sei o quanto a "justiça" brasileira é ineficiente. Sua morosidade é um absurdo! Não existem explicações para tanta demora, inclusive para resolver coisas simples. Ouço muitas reclamações sobre tantas coisas!O pior é que são verdadeiras. E você? Tem certeza que todos os seus documentos continuarão no processo? Como saber? Ana Nadabe,parabéns pela iniciativa! Realmente seu blog é um alerta para o leigo,o restante( da segurança) dependerá do interesse de cada um. A Justiça está cada vez mais complicada para o cidadão.

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