O
leigo e a Justiça
Certo dia, eu estava à espera de um
profissional em um escritório. Ao folhear uma revista, algo me
chamou atenção de uma forma especial. Reconheci a foto do advogado
que estava na página com os seguintes dizeres: “o seu direito
no novo código civil.” Li o texto com bastante atenção. Ele era
claro e 100% de acordo com a lei e meu direito (até aí nada de
especial). A contradição foi quando compreendi que o mesmo advogado
que representou o meu ex-marido, argumentou no processo exatamente o
contrário de tudo que tão bem explicava sobre meu direito na tal
revista. Ele acabava de comprovar que
“só no
papel”
a lei está garantida. A verdade que está lá, pouco significa. Ela
pode ser distorcida completamente. Comparei com a cópia da defesa do
meu ex-esposo. Pareciam advogados diferentes, leis de mundos
diferentes. Totalmente contraditório ao que ele estava esclarecendo
em seu rico texto com leis justas e perfeitas. Compreendi que tudo
depende de que lado o advogado está. Se ele estiver defendendo o
bandido e a escuridão, ele tem que fazer do bandido um santo e da
escuridão a luz. Ou vice versa. Estou ciente que todos tem direito a
defesa mas, até que ponto? Leis? Advogados? Justiça? Que loucura!