terça-feira, 3 de julho de 2012



JUSTIÇA, apesar de tudo ainda acredito.



Ainda acredito no juiz que com amor aprendeu a respeitar o próximo.
Acredito que às vezes é difícil fazer justiça devido a complexidade do processo e sem conhecer o caráter das partes.
Que o juiz não pode exercer a função do advogado. Ele tem que julgar a causa mesmo percebendo as “falhas” graves e injustas que constam no processo como perda de prazo por exemplo, (deveria existir um modo de mudar isso).
Acredito que muitos são bons e julgam com imparcialidade, temem a Deus porque são homens.
Ainda acredito que existem muitos advogados honestos, com o ideal de vencerem através do verdadeiro empenho e comprometimento com a causa do seu cliente. Apenas sinto um vazio enorme quanto a proximidade entre o juiz e o cidadão. Em casos mais complicados, quando for comprovada a fraude etc.eu gostaria de ter acesso ao juiz honesto para argumentar sobre um fato grave. Sem correr o risco de ser mal interpretada (o que estou tentando fazer é influenciar na sentença). Que eles possam analisar o processo que é a maior prova e aí comprovar que a fraude é real. E quem a cometeu seja punido e não a vítima. Somente a parte fraca é punida encorajando o fraudadador e alimentando cada vez mais o seu ódio. O que mais me marcou nessa decepcionante experiência com a Justiça, (em primeira instância) foi sentir que todos eles pareciam estar em uma castelo muito alto e que era impossível para eu chegar até lá. Somente o meu ex-marido teve o direito de subir até o castelo (com todas as honras) e falar com eles. Eu fiquei em baixo, sofrendo em silêncio e com receio de ser castigada. Entre eu e todas as autoridades, havia um imenso abismo, um angustiante e pesado silêncio. Uma enorme indiferença a respeito do que estava acontecendo comigo. Afinal, me fizeram sentir que eu era apenas mais um número de um processo. Mas mesmo assim ainda acredito porque não descobri se é por ingenuidade ou por outro motivo qualquer, sempre acredito no lado bom das pessoas até que me provem o contrário e em repetidas situações. Apesar de tudo continuo acreditando naqueles que podem fazer a diferença. Mesmo em um mundo onde já não dá para saber quem é quem. (Ana Nadabe).