Em
uma ação na Justiça foi exigida pela parte contrária as cópias
de alguns documentos para juntar a um processo (que
absolutamente nada tem a ver um com o outro). O que
aconteceu até que essas cópias chegassem ao Fórum de origem é
difícil de acreditar: os números que constavam na petição,
relativos aos documentos exigidos pela parte contrária, estavam
trocados e misturados com outros que não existiam. Depois de esperar
um ano para
tentar resolver o problema que deveria ser tão simples e rápido,
descobri que tal ofício não chegou ao local onde deveria ser feito
as cópias. Ao verificar o porquê comprovei que os números do
protocolo também estavam apagados. Logo, jamais os documentos
poderiam ser juntados ao processo porque não seria possível
permitir tais cópias sem a solicitação indicando os números
certos e também o protocolo (o “erro” foi feito de
propósito).
Meu novo
advogado
solicitou ao juiz a correção dos números e que fossem encaminhados
novamente à instituição, para que finalmente enviassem as
“benditas” cópias que nada tinham a ver com o processo como já
afirmei. Isso depois de várias vezes acontecer os mesmos “erros”.
Esclarecendo que cada vez que tinha que consertar o mesmo documento
demorava meses até ser enviado novamente.
Depois de um
ano e meio finalmente os xérox chegaram, mas quando fomos ver no
processo constatamos que não enviaram conforme o pedido e sim apenas
a decisão final. Toda a documentação solicitada (com
insistência) continuou sem solução pois somente a decisão final
não seria importante e sim as provas que continham no
processo como foi exigido. E o mais contraditório, as mesmas
provas seriam contra quem pediu pois é de uma reclamação
disciplinar contra ele (parte contrária).
Existem
duas explicações para tamanha contradição: o desejo da
procrastinação e a certeza da impunidade. Novamente meu advogado
teria que fazer uma nova petição para solucionar o problema (e
demorar mais alguns meses para as simples cópias
chegarem). Pelo “andar da carruagem” qualquer um percebe que
existe algo muito errado e até ser corrigido... Não vou desistir
sei que consiguirei o que pretendo pois a lei está do meu lado assim
como meu direito. Esse é apenas um pequeno exemplo entre milhares do
porquê nossa Justiça não anda e de quanta enrolação sem
nenhum sentido podemos ser vítimas.
Percebi o
grande esforço e desgaste do meu advogado para solucionar o dilema e
conclui: como deve ser difícil para ele, que é especialista na
área, brigar com o outro desonesto.
Ser
impotente para resolver o óbvio da morosidade tão bem planejada,
por um homem que acredita que seu dinheiro supera qualquer obstáculo.
Deveria ser ilegal e a má fé severamente cobrada e punida já que é
clara (consta no processo todas as provas da má fé, mas e dai)?
Enquanto
isso... mais a burocracia e a formalidade somada ao tempo para a
decisão final... Tem jeito de mudar? Acredito que sim com a boa
vontade dos legisladores e daqueles que representam a lei. Também é
preciso paciência e verificar os detalhes, (todas as provas constam
nos autos). “E a maioria das pessoas nem sabe a
cor da capa do seu processo”.
Para
defender nossos direitos é preciso ter olhos de águia, sabedoria de
Salomão, a coragem de Davi e a paciência de Jó. Haja saúde!!! Até
quando? (Ana Nadabe)