terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O leigo e a justiça










"Tantos transtornos confundem a própria Justiça. É uma afronta e um desrespeito ao trabalho de todo magistrado e ao bom advogado, podendo gerar danos irreparáveis a qualquer cidadão deste país". Frase de uma cidadã, ao constatar inumeráveis "erros" no seu processo e vários tipos de fraudes" (Ana Nadabe).

terça-feira, 3 de julho de 2012



JUSTIÇA, apesar de tudo ainda acredito.



Ainda acredito no juiz que com amor aprendeu a respeitar o próximo.
Acredito que às vezes é difícil fazer justiça devido a complexidade do processo e sem conhecer o caráter das partes.
Que o juiz não pode exercer a função do advogado. Ele tem que julgar a causa mesmo percebendo as “falhas” graves e injustas que constam no processo como perda de prazo por exemplo, (deveria existir um modo de mudar isso).
Acredito que muitos são bons e julgam com imparcialidade, temem a Deus porque são homens.
Ainda acredito que existem muitos advogados honestos, com o ideal de vencerem através do verdadeiro empenho e comprometimento com a causa do seu cliente. Apenas sinto um vazio enorme quanto a proximidade entre o juiz e o cidadão. Em casos mais complicados, quando for comprovada a fraude etc.eu gostaria de ter acesso ao juiz honesto para argumentar sobre um fato grave. Sem correr o risco de ser mal interpretada (o que estou tentando fazer é influenciar na sentença). Que eles possam analisar o processo que é a maior prova e aí comprovar que a fraude é real. E quem a cometeu seja punido e não a vítima. Somente a parte fraca é punida encorajando o fraudadador e alimentando cada vez mais o seu ódio. O que mais me marcou nessa decepcionante experiência com a Justiça, (em primeira instância) foi sentir que todos eles pareciam estar em uma castelo muito alto e que era impossível para eu chegar até lá. Somente o meu ex-marido teve o direito de subir até o castelo (com todas as honras) e falar com eles. Eu fiquei em baixo, sofrendo em silêncio e com receio de ser castigada. Entre eu e todas as autoridades, havia um imenso abismo, um angustiante e pesado silêncio. Uma enorme indiferença a respeito do que estava acontecendo comigo. Afinal, me fizeram sentir que eu era apenas mais um número de um processo. Mas mesmo assim ainda acredito porque não descobri se é por ingenuidade ou por outro motivo qualquer, sempre acredito no lado bom das pessoas até que me provem o contrário e em repetidas situações. Apesar de tudo continuo acreditando naqueles que podem fazer a diferença. Mesmo em um mundo onde já não dá para saber quem é quem. (Ana Nadabe).

quinta-feira, 14 de junho de 2012

MOROSIDADE PLANEJADA


Em uma ação na Justiça foi exigida pela parte contrária as cópias de alguns documentos para juntar a um processo (que absolutamente nada tem a ver um com o outro). O que aconteceu até que essas cópias chegassem ao Fórum de origem é difícil de acreditar: os números que constavam na petição, relativos aos documentos exigidos pela parte contrária, estavam trocados e misturados com outros que não existiam. Depois de esperar um ano para tentar resolver o problema que deveria ser tão simples e rápido, descobri que tal ofício não chegou ao local onde deveria ser feito as cópias. Ao verificar o porquê comprovei que os números do protocolo também estavam apagados. Logo, jamais os documentos poderiam ser juntados ao processo porque não seria possível permitir tais cópias sem a solicitação indicando os números certos e também o protocolo (o “erro” foi feito de propósito). Meu novo advogado solicitou ao juiz a correção dos números e que fossem encaminhados novamente à instituição, para que finalmente enviassem as “benditas” cópias que nada tinham a ver com o processo como já afirmei. Isso depois de várias vezes acontecer os mesmos “erros”. Esclarecendo que cada vez que tinha que consertar o mesmo documento demorava meses até ser enviado novamente.
Depois de um ano e meio finalmente os xérox chegaram, mas quando fomos ver no processo constatamos que não enviaram conforme o pedido e sim apenas a decisão final. Toda a documentação solicitada (com insistência) continuou sem solução pois somente a decisão final não seria importante e sim as provas que continham no processo como foi exigido. E o mais contraditório, as mesmas provas seriam contra quem pediu pois é de uma reclamação disciplinar contra ele (parte contrária).
Existem duas explicações para tamanha contradição: o desejo da procrastinação e a certeza da impunidade. Novamente meu advogado teria que fazer uma nova petição para solucionar o problema (e demorar mais alguns meses para as simples cópias chegarem). Pelo “andar da carruagem” qualquer um percebe que existe algo muito errado e até ser corrigido... Não vou desistir sei que consiguirei o que pretendo pois a lei está do meu lado assim como meu direito. Esse é apenas um pequeno exemplo entre milhares do porquê nossa Justiça não anda e de quanta enrolação sem nenhum sentido podemos ser vítimas.
Percebi o grande esforço e desgaste do meu advogado para solucionar o dilema e conclui: como deve ser difícil para ele, que é especialista na área, brigar com o outro desonesto.
Ser impotente para resolver o óbvio da morosidade tão bem planejada, por um homem que acredita que seu dinheiro supera qualquer obstáculo. Deveria ser ilegal e a má fé severamente cobrada e punida já que é clara (consta no processo todas as provas da má  fé, mas e dai)?
Enquanto isso... mais a burocracia e a formalidade somada ao tempo para a decisão final... Tem jeito de mudar? Acredito que sim com a boa vontade dos legisladores e daqueles que representam a lei. Também é preciso paciência e verificar os detalhes, (todas as provas constam nos autos). “E a maioria das pessoas nem sabe a cor da capa do seu processo”.

Para defender nossos direitos é preciso ter olhos de águia, sabedoria de Salomão, a coragem de Davi e a paciência de Jó. Haja saúde!!! Até quando? (Ana Nadabe)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

LOUCURAS E CONTRADIÇÕES DA LEI.


O leigo e a Justiça
       
 Certo dia, eu estava à espera de um profissional em um escritório. Ao folhear uma revista, algo me chamou atenção de uma forma especial. Reconheci a foto do advogado que estava na página com os seguintes dizeres: “o seu direito no novo código civil.” Li o texto com bastante atenção. Ele era claro e 100% de acordo com a lei e meu direito (até aí nada de especial). A contradição foi quando compreendi que o mesmo advogado que representou o meu ex-marido, argumentou no processo exatamente o contrário de tudo que tão bem explicava sobre meu direito na tal revista. Ele acabava de comprovar quesó no papel a lei está garantida. A verdade que está lá, pouco significa. Ela pode ser distorcida completamente. Comparei com a cópia da defesa do meu ex-esposo. Pareciam advogados diferentes, leis de mundos diferentes. Totalmente contraditório ao que ele estava esclarecendo em seu rico texto com leis justas e perfeitas. Compreendi que tudo depende de que lado o advogado está. Se ele estiver defendendo o bandido e a escuridão, ele tem que fazer do bandido um santo e da escuridão a luz. Ou vice versa. Estou ciente que todos tem direito a defesa mas, até que ponto? Leis? Advogados? Justiça? Que loucura!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Quando a Justiça quer... DANOS MORAIS !!!??? ( O leigo e a “justiça”).


Meus advogados deram entrada na Justiça com uma ação de indenização por danos morais contra meu ex- esposo, pelo fato dele obrigar-me a conviver com ele enquanto a Justiça decidia quem sairia do lar. Enquanto isso ele desfilava por toda a cidade com sua amante e filha. No início da causa eu não entendia muito bem o porquê de tal ação. Os argumentos da minha defesa foram muito bem elaborados pelos meus procuradores, testemunhas não faltaram. Não havia dúvidas da conduta desonrosa do meu ex- companheiro, ofensa a minha dignidade, intimidade e imagem perante toda a sociedade, família e amigos. Não havia desculpa do perdão tácito porque esse fato foi em outro momento da nossa convivência não era esse o problema. Muito menos a respeito dos fatos. (100% da situação financeira e o cargo também favorecia a ele). Além disso, ainda éramos casados e a separação de corpos não havia acontecido. E até o juiz decidir quem sairia do lar a demora foi de muito tempo.Somando com os capítulos intermináveis da novela judicial que seguiram com os costumeiros empecilhos do vai e vem sem fim dos papéis, e argumentos sem nexo diante de um fato público e notório (situação tão óbvia para toda sociedade) principalmente para o julgador do mérito. No final de tanto “faz de conta” que estou analisando com imparcialidade eu perdi a causa. Surpresa? Nenhuma. No fundo me senti aliviada porque se houvesse dado a “zebra da vitória,” poderia haver um escândalo. Afinal, minha causa seria inédita no país. Poderia interessar a imprensa principalmente por causa do cargo do meu ex-marido ( que deveria ser exemplo). Muita especulação e perigosas descobertas poderiam vir à tona. Alguns fatos não deveriam se tornar públicos, eu não teria estrutura para suportar o escândalo e dei graças a Deus por ter escapado de mais uma. As consequências da vitória seriam muito piores para mim. Também não posso me esquecer que não tenho o poder que ele tem . De qualquer forma foi mais uma experiência apenas para confirmar que “Quando a Justiça quer os cestos sobem rios, os peixes cantam nas árvores, e os pássaros fazem ninho no fundo do mar.” H. Campos. (Ana Nadabe).

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O leigo e a Justiça.

O que aconteceu comigo é apenas um caso isolado e não teria grande importância se não resumisse a maneira como se procede com muitos além de mim. É por esses que falo aqui, e não por mim”. (Livro O processo)

JUSTIÇA é entregar uma causa com toda boa fé a um advogado e posteriormente perceber que quase todos os envolvidos quase não têm tempo de ler o processo, muito menos de analisá-lo. Tudo causado pelo número insuportável de páginas que só de olhar estressa. Isso interessa a quem deseja procrastinar. E por escapar uma data ou uma frase a derrota é certa ou no mínimo muitos prejuízos e procrastinação. Somente “passar os olhos” pode custar muitas vidas e muito sofrimento. 
Justiça é descobrir que não existe sequer a segurança de que os documentos necessários para a defesa constarão no processo. É compreender a crueldade da omissão, da indiferença e da responsabidade anônima. É sentir que o grito da minha alma sufocada pelo silêncio subjugado ao monopólio da última palavra “improcedente” não foi ouvido. Se perdeu no julgamento ensaiado, planejado da omissão e proteção daquele que com o total apoio “dos colegas” continuará com força total para arruinar muitas vidas devido ao seu caráter piscopata.
Justiça é um labirinto de contradições onde se resolve uma questão e abrem-se várias. É um cerco que não tem fim e os desgastes também não.Entre tantas batalhas a mais covarde é o patrocínio infiel do advogado, pior ainda é a impunidade. Essa nos anula como cidadãos porque todos os “erros” cometidos nos processos nos punem severamente  pelos termos: “extinto o processo por perda de prazo... pedido improcedente... documentos não constam nos autos”etc. O “erro” é do advogado mas o cidadão leigo é quem recebe a punição, o seu procurador não. Justiça, “é uma série enumerável de problemas individuais onde o mal é maior do que o justo” Um problema social gravíssimo porque não há defesa depois de concluí
da a injustiça. Só restando o silêncio sufocado do cidadão leigo. Justiça tornou-se um problema mais grave porque somos amordaçados pelo sigilo obrigatório das denúncias, amordaçando o cidadão na própria ignorância dos seus direitos. Como garantir o patrocínio fiel do advogado? De que forma podemos obter pelo menos essa segurança e transparência? O que dizer então da cruel prescrição e tantas outras brechas que somente colaboram com os fraudadores? O que precisa mudar?.
 Não podemos deixar de lado os advogados honestos, guerreiros, que lutam pelos seus clientes com ética, vocês merecem toda valorização. Quanto aos outros... ( Ana Nadabe).

quinta-feira, 8 de março de 2012

SALADA DA JUSTIÇA

 Pegue uma mulher bem frágil e leiga.
Coloque vários sentimentos bem profundos de boa fé, confiança,esperança...
Recheie a vontade com: engano, fraude, dolo, cerceamento
de defesa, morosidade, crueldade, poder e tudo que quiser.
Deixe tudo de molho por muito tempo. Retire do lugar de
“descanso” e volte a olhar como ficou. Coloque mais um
pouco de recheio como: ela que espere... ela que se
se dane... Faço de conta que defendo  e junto com a parcialidade.
Retire do local de “descanso.” Parte da massa apodreceu com a dissimulação e improcedência da receita. Separe a parte estragada e sirva para quem gosta da banda podre. (Ana Nadabe)